Não é segredo que  o mercado editorial está em crise e se encontra nessa situação já há algum tempo. Agora, grandes redes de livrarias do país começaram a fechar as portas por não conseguirem mais sustentar o ambiente físico com as vendas que faziam durante o ano.

Uns dizem que isso se dá pelo surgimento e crescimento de livrarias online como a Amazon, outros atribuem a comentada falta de leitura do brasileiro. Mas o fato é que ver a Saraiva fechando mais de 20 lojas em todo o país e a Cultura encerrando as atividades da rede Fnac, assustou muita gente.

Ainda assim, a rede Leitura consegue expandir suas lojas, sem nenhuma atividade online. O que acontece é que os livros quando vendidos online ganham descontos que deixam qualquer leitor maluco, mas diminuem muito o lucro da livraria, da editora e, por fim, do autor. Não estou dizendo que a solução é acabar com as vendas pela internet e forçar todos a comprarem no ambiente físico, mas sim, conscientizar os consumidores que o preço do livro na loja não é absurdo e, por mais que os descontos online sejam excelentes, não é preciso chorar por comprar o exemplar pessoalmente. 

A média de preço de um livro hoje equivale a uma refeição em um fast-food, uma blusa simples ou um batom, mas para um livro, diz-se que o padrão é caro. Acontece que para que a obra chegue até você, ela passa por inúmeros processos, começando com a escrita do autor, passando por revisão, diagramação, impressão, campanha de marketing, distribuição e venda. No fim, os profissionais recebem bem mal pelo livro que custa R$ 29,90, imagine quando ele é vendido por dez reais.

Não me entendam mal, não estou culpando quem compra livros na internet (até porque eu sou uma das que passou a, praticamente, comprar tudo online), mas ressaltando a importância de manter vivo um mercado que tanto amamos e consumimos. Já contei em um vídeo que prefiro livros físicos aos ebooks e todas as razões pelas quais sou apaixonada por tocar nas páginas que me contam histórias incríveis e acho que, se temos como ajudar a melhorar a situação deste mercado, por que não tentar?

Foi pensando nisso que Marcos da Veiga Pereira, sócio diretor da Editora Sextante e presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) lançou o #DesafiodasLivrarias. A campanha consiste em comprar um livro na loja física e fazer um vídeo para postar nas redes sociais, utilizando a hashtag, desafiando mais três amigos a fazerem o mesmo. E aí, você tá dentro?