Resenha: As Luzes Mais Brilhantes

Alvarenga, Augusto. As Luzes Mais Brilhantes, 2017

O novo romance do escritor mineiro é ambientado em São Paulo e narrado em duas visões, a de Julién e a de Bruna. Julién é um garoto com muita história de vida, abandonado pela mãe, teve que amadurecer sozinho cuidando de seu pai que não ficou bem após a mulher o deixar por outro. Ainda novo enfrentou a morte do pai e passou a viver sozinho na grande São Paulo, tudo isso contribuiu para que ele tivesse distúrbio de ansiedade. Vendedor da Livraria Cultura do Circuito Nacional, Julién (pronuncia-se Julian) passa os dias no meio de livros, CD’s, cigarros e conversas com sua única amiga Mari. Já Bruna tem uma família estruturada, estuda cinema na faculdade e seu sonho é fazer um intercâmbio para Los Angeles.

As vidas dessas duas pessoas tão diferentes se cruzam em um acidente na Av Paulista. Julién acaba atropelando Bruna com sua bicicleta. A partir desse fato os dois começam a conversar e uma amizade vai se formando, talvez mais do que isso.

O livro é dividido em 5 partes que vão guiando o desenrolar da história. Augusto consegue nos fazer viajar por São Paulo de uma forma incrível, realmente parece que visitei cada um dos locais por onde Julién e Bruna passaram, além de trazer curiosidades sobre os lugares. Consegui também sentir o desespero de Julién durante as crises de ansiedade, deixando a história mais real.

Augusto mais uma vez me encantou com sua escrita, agora profunda e reflexiva. Os personagens desse livro são mais trabalhados e o que você encontra nessas páginas é um romance diferente do que já conhecemos em Um Amor, Um Café e Nova York. As Luzes Mais Brilhantes te fará refletir sobre a vida, o amor, a amizade, a família e você vai fechar o livro sentindo muita saudade dos novos amigos: Julién, Bruna, Mari e Luan.

Fiz um vídeo com o Augusto comentando um pouco sobre o processo criativo para a escrita do livro e outras curiosidades sobre o autor. Se ainda não viu, clica no play!